Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que colocar uma criança na cadeira para automóvel reduz em 70% a possibilidade de morte em um acidente de trânsito, números que, de certa forma, se mostram fiéis quando colocados em prática. A quantidade de mortes dos pequenos menores de dez anos caiu 23% no Brasil, desde a criação da “Lei da Cadeirinha”, de 2008.
Os dados falam por si. Mas é preciso saber qual é o dispositivo ideal para cada idade e peso, além de seguir algumas regras básicas de segurança. Quando deixam a maternidade com recém-nascido, por exemplo, os pais já precisam ter a cadeirinha. A criança precisa estar no banco de trás do carro, com o equipamento preso ao cinto de três pontos. “O bebê não deve ser carregado no colo da mãe porque, em caso de colisão, o peso do corpo dela poderá esmagar a criança. O dispositivo de retenção tem como objetivo proteger o corpo da criança, absorvendo parte do impacto e limitando o deslocamento do corpo”, explica Debora Fibra, da ONG Criança Segura.
Observar se a cadeirinhas está adequada para o tamanho e peso da criança é a regra mais importante. É essencial também que ela tenha selo de certificação do Inmetro. Os pequenos que usam cadeirinhas que não estão de acordo com seu tamanho correm riscos. “Não seguir corretamente os grupos de massa pode causar acidentes. O dispositivo pode não absorver parte do impacto e não limitar o deslocamento do corpo da criança, causando ferimentos”, diz Debora.
Para prender a cadeirinha de maneira adequada, leia atentamente o manual do fabricante e siga todos os passos corretamente. Isso vai garantir uma instalação perfeita e a segurança da criança. Quando o automóvel tem airbag no banco traseiro, o ideal é instalar a cadeira na posição central, usando cinto de três pontos. Caso tenha dúvidas, repita os passos ou entre em contato com o serviço de atendimento ao consumidor do fabricante.
A especialista em segurança alerta para que os pais não comprem produtos de segunda mão. Você não saberá sob quais esforços ele já foi submetido e pode não ser seguro.
E quando a criança consegue soltar sozinha o cinto da cadeirinha? Nesse caso, os pais terão que conversar com ela e explicar a importância daquele item de segurança. O que não pode acontecer é colocar mecanismos que impeçam que a criança retire o cinto. A cadeira deve permitir a saída rápida dela do carro em casos de emergência e, por isso, qualquer coisa que a impeça de sair pode ser um perigo.
A durabilidade do produto depende da conservação e dos cuidados de limpeza. Siga sempre as recomendações do fabricante.
Relembre o que prevê a lei
Os bebês de até um ano ou 13 kg devem ser transportados no banco de trás, na cadeira presa no cinto de três pontos e em sentido contrário ao movimento do carro. Já aqueles que têm de um a quatro anos ou nove a dezoito quilos precisam estar em cadeirinhas instaladas no sentido do movimento.
De quatro a sete anos e meio ou de 18 a 36 kg, as crianças já podem usar apenas aqueles assentos que a elevam, mais conhecidos como booster, que usam o próprio cinto do carro para segurá-las. A partir de dez anos ou para quem tem 36 kg e 1,45 m de altura, o correto é sentar no banco traseiro, usando o cinto de segurança.
Apenas carros fabricados antes de 1999 – que não têm como item de fábrica o cinto de três pontos nos bancos de trás – estão autorizados a instalar os dispositivos no banco da frente, por conter o cinto de três pontos considerado mais seguro para o transporte.